BREVE RESUMO HISTÓRICO DA INVASÃO HOLANDESA NO BRASIL PARTE 02 PARAÍBA


















Livro baía dos holandeses


Joilson de Assis



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Para fugir dos embargos promovidos pelo rei da Espanha e Portugal Filipe II, a Holanda resolveu invadir as colônias Portuguesas, até porque elas deviam muito a eles, e em 1624 os Holandeses; invadiram a Bahia, na época capital da província. Foram derrotados em 1625 aonde subiram pela costa com os navios lotados de doentes e moribundos procurando um porto seguro aonde não fossem atacados. Por dia naquelas embarcações fugitivas morriam, segundo relatos, de 15 a 20 soldados. Em Pernambuco não poderão desembarcar devido o perigo de serem atacados então subiram seguindo o mar em direção ao Rio Grande do Norte passando pelo temido forte de Santa Catarina, mas alguns barcos bateram nos rochedos submersos em forma de paredão da Baía da Traição. O que parecia uma maldição se tornou uma maravilhosa benção, pois eles foram socorridos pelos nativos do lugar que eram os POTIGÜARAS. A Armada Holandesa foi socorrida como veemência pelos Potiguaras que prestaram a eles TODA A ASSISTÊNCIA NECESSÁRIA COM MUITA ALEGRIA a tal ponto que nascia naquele momento uma história de amizade e companheirismo. Depois de recuperados e abastecidos os Holandeses partiram da Baía da traição levando com eles alguns nativos Potiguaras como representantes da terra que os acolheu. Este foi o l e contato oficial com o nordeste da Paraíba e seus nativos.




As vinte e oito anos que partiram da Paraíba levaram muito mais que nativos e provisões, elas levaram a esperança de possuírem esta terra tão Maravilhosa. O Almirante Bounujn Hendrikszoon partiu da Paraíba levando a imagem que os Potiguaras passaram para ele, talvez contribuindo para o retorno dos mesmos cinco anos depois, ao saber do acolhimento dos Potiguaras aos Holandeses. Os lusos Espanhóis começaram uma política de perseguição, mortes e prisões ou mesmo liderados pelos militares do forte de Cabedelo. Talvez esta “traição” tenha dado nome a região da Baia da Traição, mas alguns acreditam que este nome foi dado devido a arrecifes; que avançam o mar e são extremamente traiçoeiros afundando a várias embarcações. Os arrecifes como muretas invadem o mar e não são percebíveis na maré alta pegando de surpresa os marinheiros. Mas a dúvida fica no ar no tocante ao que os Espanhóis e Portugueses chamaram de traição.




Cinco anos depois dos primeiros contatos com os Potiguaras,os Holandeses voltaram com força total dispostos a conquistarem as terras dominadas pelos Luso Espanhóis desta vez atacando a região de Recife, Olinda tendo pleno êxito em seus empreendimentos militares. A tomada das principais cidades de Pernambuco foi o primeiro passo para a conquista do nordeste inteiro. Em 1630, ano que os Holandeses tiveram as melhores vitórias no Campo militar nas terras do Nordeste Brasileiro. Depois de dominarem Pernambuco, Rio Grande do Norte os Holandeses tentaram conquistar a Paraíba através do forte de Santa Catarina. Quem ver as águas tranquilas de Cabedelo não imagina quantas batalhas sangrentas travaram-se, quantas não afundaram e quanto sangue foi derramado. Na verdade houve época que as águas da Baía de Cabedelo (Entre Cabedelo, Lucena e Porte Velho) se cobriram de fumaça de pólvora e gritos de guerras se ouviam sobre as suas águas. As paredes do forte de Santa Catarina eram perfuradas por milhares de tiros e homens em seu interior desesperados tentando se protegerem. Navios poderosíssimos para época cruzaram esta Baía dispersa ordenada eram dados tendo a resposta devida. Na verdade a Paraíba foi palco de incrível disputa e lutas sangrentas que mataram a milhares de soldados. A Baía que fica enfrente ao forte de Santa Catarina foi um palco infernal de morte e o forte guarda uma História umedecida de Sangue e lágrimas. POR DUAS VEZES OS HOLANDESES TENTARAM CONQUISTAR O FORTE DE SANTA CATARINA E NÃO CONSEGUIRAM SENDO RECHAÇADOS ALGO INCRÍVEL PARA ÉPOCA, JÁ QUE A MARINHA DOS BATAVOS ERA A MELHOR MARINHA DO MUNDA DA ÉPOCA SEGUIDA PELOS INGLESES E ESPANHÓIS.




Dvan Waerdenbuech governador das terras dominadas Brasil, em Pernambuco ordenou o primeiro ataque sobre o comando de Stein Gallensels com seus conselheiros: Seveis Carpitier e Van Deraws com três companhias de soldados somando 1300 homens, 26 equipadíssimos canhões poderosíssimos, profissionais especialistas em tiros e várias barcaças no apoio. Já na Capitania da Paraíba o Capitão Mor Antônio Albuquerque se preparou para resistir ao forte ataque dos Batavos invasores. Ele teve ajuda de seu parente, igualmente resistente a invasão Holandesa em Recife, Matias de Albuquerque que o avisara com antecedência a forte preparação de ataque formada em Recife. Matias de Albuquerque recolhido ao interior da província mandou auxilio de duzentos guerreiros para auxiliar no combate no Forte de Santa Catarina a Santa, da Família. O bravo Capitão João Mattos Cardoso comandante do Forte de Santa Catarina com muita experiência e destreza, pois já comandava o referido forte a mais de 40 anos preparou 18 peças de artilharia e uma numerosa guarnição constituída de escravos, índios e soldados. Já a cidade de nossa Senhora das Neves (João Pessoa) se preparou para fornecer homens descansados e provisões; durante os combates. Toda frota Holandesa era comandada por oficiais extremamente treinados e acompanhados por ENGENHEIROS DE GUERRAS formados na Companhia das índias Ocidentais em AMSTERDAM.
A frota Holandesa cruzou a Baía enfrente ao forte despejando homens e tiros recebendo de volta o fogo de Antônio de Albuquerque em 03.12.1631 A Batalha foi ferrenhamas a resistência dos soldados esquartelados no forte foi muito grande e os holandeses tiveram que retrair levando seus mortos, feridos e moribundos. A Ferocidade de Antônio de Albuquerque e de seu Capitão João Mattos Cardoso esmagou esta primeira tentativa Batava. A noite os Holandeses se retiraram em meio a neblina da Baía de Cabedelo e Lucena.




A Paraíba depois desta investida teve três anos de “PAZ” mas a agonia de um possível e repentino ataque tirava o sossego dos Paraibanos que não conseguiam produzir nada esperando um ataque surpresa dos Batavos que nunca aconteceu. Os espíritos viviam armados e o medo atingia até as crianças brincando nas ruas. A Coroa mista Espanha Portugal não os socorria mesmo mediante constantes pedidos de socorro, de auxilio através de armas e homens. Os Batavos prosseguiram em suas intenções de conquista, pois já tinham conquistado todo o nordeste até o Maranhão faltando somente este ponto estratégico bem no caminho de suas embarcações e em 23 de fevereiro de 1634 saíram 24 naus de Recife em direção ao Forte de Santa Catarina, sob o comando do Coronel Sigemundt Vou Schoppe e do almirante Lichthardt com seus conselheiros.



Novamente avisado com antecedência Antônio de Albuquerque e Seu Capitão João Mattos Cardoso se preparou para resistir mais esta invasão. Eles tinham dois pontos de observações importantes; a Torre do forte velho e a igreja de nossa Senhora da Guia construída pelos Carmelitas Portugueses em uma elevação importantíssima que dava condições de observar a costa Paraíba quase por inteira. Ao cruzar a baía de Cabedelo (Baía dos Holandeses) em um tempo muito ruim que dificultou o desembarque foram recebidos por uma chuva de tiros do Forte de Santa Catarina, da igreja de nossa Senhora da Guia e do forte velho tendo também o apoio de intricherado de Lucena. A Cena foi terrível, pois os batavos responderam ao fogo com o melhor que eles tinham e a baía de Cabedelo mais parecia um inferno de tiros e mortes, Na época já havia um sentimento nos nativos de nacionalidade, de posse daquelas terras e este sentimento foi decisivo entre os caboclos e mamelucos que existiam aos montões H. Ao desembarcarem em tempo ruim e com muita dificuldade os Holandeses foram surpreendidos por homens sedentos de sangue e dispostos até a morrerem por suas terras e famílias.



Conversas acerca dos domínios holandeses assustavam os nativos que transformavam estes medos em força para lutarem bravamente mesmo que fosse diante de uma das melhores tropas do mundo. As modernas e potentes armas dos batavos não os livraram das investidas e da ira dos nativos da Paraíba. Em poucas horas nesta segunda invasão as tropas Holandesas perderam centenas de soldados e o que parecia inacreditável tinha que acontecer? A RETIBADA! O Coronel Sigemundt Von Schoppe parecia não acreditar que toda a sua armada estava sendo vencida por nativos que mal sabiam falar a língua dos brancos e a retirada não planejada pelos seus conselheiros teve que acontecer com urgência antes que todos morressem. Foi algo humilhante devido a rapidez da derrota. Dias depois corpos de Bravos Holandeses boiavam na Baía dos Holandeses (Baía de Cabedelo) como sinal de uma horrível catástrofe humana chamada GUERRA. Índios boiavam ao lado de soldados e caboclos, demonstrando que na guerra e no ódio TODOS SÃO VÍTIMAS.




A vitória de João Mattos Cardoso o Bravo guerreiro do Porte de Santa Catarina e de seu comandante Mor Antônio Albuquerque foi muito grande pois a ajuda da Coroa de Filipe II não veio deixando a vitória a mercê do Braço Paraíba através de seus nativos e soldados a muito tempo aquartelados. Praticamente a Paraíba estava cercada pelo Domínio Holandês representando uma pedra no sapato dos militares Batavos, Porém no mesmo ano do segundo ataque, desta vez em 25 de novembro de 1634 os Flamengos organizaram mais uma invasão desta vez com uma força que mais parecia a invasão de uma nação antiga e organizada na Europa. Partiram do Porto de Recife em direção ao Porte de Santa Catarina depois de muitos planejamentos uma armada comandada pelo Coronel Aciscewskw, e Jacob Stachouwer com 2354 homens organizados em 15 companhias ocupando 29 navios munidos COM 500 CANHÕES.



É, realmente eles estavam querendo conquistar o forte de Santa Catarina já que uma armada como esta era suficiente para conquistar muitas partes do Brasil Colônia; a História nos dá a impressão que tal investida Batava era uma questão de honra para os Holandeses. ERA UM SUPER ATAQUE QUE DARIA MEDO AOS CORONÉIS mais corajosos. Na Paraíba, os militares se prepararam para suportar mais esta investida Holandesa e trincheiras foram criadas para protegeria. Seis postos foram criados ao longo das Praias que iam de Lucena até a Praia da Penha. Soldados Espanhóis e Portugueses faziam a guarda destes pontos visando o não desembarque dos Batavos. Negros, índios, Mamelucos e Caboclos auxiliavam os Portugueses desta guarda do litoral Paraibano. Aonde hoje os turistas descansam de seus trabalhos se admirando com as belezas naturais trincheiras com homens armados haviam e o medo com a coragem eram as companhias mais próximas deles. Os Potiguaras da região da Baía da Traição regeitaram a auxiliar a defesa Espanhola Portuguesa já que tinham uma certa simpatia pelos Holandeses desde da primeira vez que tiveram contato com eles.




Em Lucena, por exemplo, se organizou uma defesa só de nativos comandados pelos donos da terra Domingos de Almeida e Daat Gomes da Silveira que se intricheraram prontos para o combate ferrenho. O forte de Santo Antônio, São Francisco (Igrejas de Santo Antônio e São Francisco) se fecharam com homens e armas levando para dentro de seus muros nobres e religiosos. A igreja de nossa Senhora da guia em Lucena foi armada com soldados e canhões capazes de cima do monte afundaram navios holandeses próximo ao forte. A linha de defesa estava feita e todos dispostos a lutarem até morrer, pois suas terras e empreendimentos. Todos se armaram e a cidade de Filipeia de nossa Senhora das Neves ficou deserta aguardando a investida do inimigo. Dos casarões só se via a ponta das armas e homens dentro de buracos esperavam corajosamente os Batavos. Mas os Holandeses saíram de Recife e não apareceram na costa da Paraíba deixando dúvida de seu destino. Vários dias se passaram e os Batavos não aparecendo gerando dúvidas nos que faziam a defesa da Paraíba que também esperavam a esquadra Espanhola em sua defesa. Como o inimigo demorou muito a defesa começou a relaxar e em alguns pontos se desfez. Não se sabe para aonde os Holandeses foram nem mesmo se tal ato foi planejado, porém dias depois se viu dois navios batedores no horizonte à defesa desprevenida de espírito pensou que eram navios Espanhóis vindos para auxilio dos Paraibanos. A alegria por alguns instantes invadiu os corações dos Paraibanos que estavam cansados de ser alvos de tão grande força militar.




Enquanto as naus se aproximam da praia ao longe toda esquadra Holandesa aparece assustando a todos que entras em desespero quando percebe a realidade triste do ataque entre dois pontos de vigilância os Holandeses enviam barcaças rápidas para o desembarque enquanto a resistência corre na areia quente tentando os alcançar, mas a desvantagem era nítida. O comandante Schicoppe conseguiu através destes dois pontos de vigia desembarcar seus homens. Em terras Paraibanas os Holandeses partiram da desembocadura do Rio Jaguaribe em direção a Lucena a passos largos sendo acompanhados pelo mar por todos os barcos e seus quinhentos canhões que abriram fogo sobre os combatentes luso espanhol que eram impedidos de se aproximarem dos combatentes batavos em terra, um TÚNEL BE FOGO foi e que os potentes navios Flamengos fizeram dando cobertura através de ema artilharia no mar aos que estavam em terra. Os berros dos canhões abriam caminho para os fuzileiros em terra e os protegia na retaguarda. A cena era terrível para os Paraibanos que não conseguiam se aproximar dos invasores em terra nem os atingirem no mar.




A corrida dos batavos em direção a Cabedelo foi grande até Camboinha aonde descansaram e cavaram trincheiras. Bastava um leve movimento entre a vegetação e os Holandeses fariam chover balas de canhões no lugar suspeito dando total apelo a sua tropa em terra. O ataque se mostrava bem ordenado e sistemático como em um jogo de xadrez. Os soldados em terra na localidade de Camboinha bem atrás do forte de Santa Catarina impediam do forte receber reforços vindos por terra da cidade de Nossa Senhora das Neves (João Pessoa) desta forma a costa de Cabedelo estava isolada por terra. Os canhões dos navios Holandeses mataram a muitos nos postos de defesa antes de chegarem a baía de Cabedelo. A partir dai os navios Holandeses empreenderam uma chuva de tiros sobre as bases da Paraíba principalmente o forte de Santa Catarina, Lucena e a igreja da Guia que repassava informações das posições dos barcos para que estivesse no forte e no Atalaia gerando comunicação.




A Artilharia dos navios parecia que não queria economizar munição e os tiros davam a impressão que não iriam parar nunca. Os esquartelados Paraibanos respondiam mantendo distantes os inimigos que não paravam de atirar. Os potentes canhões holandeses eram capazes de atingirem alvos multo distantes como a igreja da Guia e a ilha da restinga que estava cheia de soldados e canhões. Os navios pareciam se revezarem e seus artilheiros competirem por alvos pré-estabelecidos e pouco a pouco muretas e mural eram derribadas e homens entrincheirados eram mortos pela mira dos artilheiros. É, parecia um inferno de fogo.




Este último ataque teve a duração de aproximadamente 18 dias e nestes dias de intenso combate surgiram heróis e vilões. João Mattos Cardoso passou ser um símbolo de resistência e coragem, pois lutou bravamente até ser ferido gravemente pelos estilhaços de uma bala de canhão. O padre da Piedade que deixou a sua segurança no convento forte de Silo Francisco e foi cuidar dos feridos em meio ao intenso combate aonde foi ferido de morte. A Artilharia Holandesa não poupou munição e peritos em tiros procuravam alvos entrincheirados e igrejas aonde a resistência se mantinha. A Igreja da Guia foi atingida por inúmeros tiros os quais ainda estão mareados em suas paredes e uma tropa bem treinada foi até ela disposta a tomar aquele lugar extremamente estratégico. Mas o forte resistia como um guerreiro imbatível recebendo informações do centro de observação chamado de atalaia. O ritmo exaustivo dos combates deixava os guerreiros cada vez mais irados mm com o outro e nos combates a carnificina era terrível.



Um fato interessante aconteceu em pleno combate, pela madrugada sorrateiramente barcos holandeses escondidos pela névoa e pela pouca luminosidade passaram silenciosamente sob o comando de Linchthardt entre as duas principais forças de defesa portuguesa, Forte de Santa Catarina e Lucena, rumo à ilha da restinga enfrente as duas linhas de defesa. Os 400 soldados da Restinga foram surpreendidos por salvas de tiros de canhão e a. desembarque de centenas de soldados que vieram sobre eles rapidamente deixando os defensores em uma situação difícil, pois eles não acreditavam que as órfãs holandesas passaram pelo forte de Santa Catarina na madrugada sem levar nenhum tiro o que alertaria a todos. Houve intenso combate na restinga ouvido pelos defensores de Lucena e do forte de Santa Catarina, mas eles nada podiam fazer. Em meio a escuridão tiros, gritos e gemidos assustava, a todos até que pararam deixando a dúvida no ar: quem teria ganho este combate? Ao amanhecer a artilharia dos barcos que passaram e a artilharia dos próprios Portugueses da Restinga passaram a disparar contra Lucena e o forte de Santa Catarina causando grandes baixas, pois era de extrema importância a sua localização. O Forte velho e as posições de Lucena foram desbaratados.



Foi o grande passo para a vitória dos Batavos. A situação do forte de Santa Catarina cada vez mais isolada se tornava mais difícil à água e a comida já estava no fim, porém eles continuaram bravamente. A religião vinha a se somar com o sentimento de nativismo envolvendo religiosos que pegaram em armas principalmente os Jesuítas e a igreja da Guia foi palco de incrível resistência movida pelos poucos militares que estavam lá, Carmelitas, Jesuítas e índios amigos, mas foram rechaçados.
Cercado e isolado da cidade de nossa Senhora das neves a derrota parecia inevitável, mas eles lutaram até o fim impedindo a invasão no tiro. Os Holandeses se prenderam a artilharia até perceberem que o forte não mais tinha condições t então foi enviado uma comissão para a rendição. Os Holandeses ao entrarem no forte viram uma grande multidão de mortos e moribundos no chão e soldados exaustos e sangrando com ferimentos graves ainda segundo as suas armas.



O acordo foi tenso e no início a primeira proposta foi rasgada deixando a todos em uma situação quase suicida. João Mattos Cardoso estava ferido gravemente e o novo oficial que assumiu não tinha a experiência suficiente para levar adiante a resistência o artilheiro experiente do forte tinha morrido e as soldados desesperados no combate acabaram disparando o canhão dentro do próprio forte matando a muitos principalmente a oficiais finalmente o acordo foi feito e a rendição proclamada. Os holandeses mandaram os Espanhóis se retirarem levando a sua bandeira e os símbolos reais juntamente com seus feridos. Enquanto os derrotados se retiravam tristonhamente a bandeira dos Holandeses era erguida mediante o som de instrumentos e tiros. Os gritos de alegria dos Holandeses eram ouvidos pelos Espanhóis e Portugueses em lágrimas enquanto eram conduzidos para os navios depois para as Antilhas aonde ficariam presos no mesmo dia da tomada do forte foi realizado um culto evangélico pelo Pastor em três idiomas: Francês, Inglês, Holandês lealmente foi uma vitória tremenda digna de grandes guerreiros.




O Forte de Santo Antônio e São Francisco que eram um templo Católico belíssimo e muito seguro foi atacado em 23 de Dezembro de 1634 aonde houve intenso combate mediante um cerco terrível dos Batavos. Eles lutaram fortemente até que conseguiram entrar no templo e derrotar os resistentes que lá haviam. Estava então conquistada a cidade de FILIPÉIA BE NOSSA SENHORA DAS NEVES e no dia 24 eles marcharam pela cidade semi destruída com grande alegria. Parte desta destruição foi provocada pelos próprios Espanhóis e nativos que ao sentir a força dos Holandeses incendiaram açúcar, casarões e plantações destruindo tudo que podiam. Porém assim que venceram os líderes Holandeses mandaram cartas aos moradores da cidade para retornarem a ela com garantia de vida e livre comércio. Depois foram dados empréstimos para restabelecer o progresso e cobrir os danos provocados. Os templos foram devolvidos e a religião foi considerada livro. Um dos primeiros passos dos Holandeses foi mudar o nome da cidade para FREDERIKA em homenagem ao príncipe de Orage.





Administração Holandesa - A Administração Holandesa era rigorosa em diversos aspectos e visava sempre a produção como sinônimo de riquezas. Os Jovens solteiros era registrados e tinham que ter tutores responsáveis por tudo que fizessem. A Miscigenação com outras raças era proibida e se algum jovem fizesse um erro teria que assumir mesmo que este erro tenha sido entre os índios. Os soldados e moradores necessitavam de salvo conduto; para transitar livremente e nas principais cidades havia sempre uma guarnição de aproximadamente cem homens prontos para agirem, nisto a ordem era mantida. Os senhores de engenho e de terras eram responsabilizados pelos atos de seus escravos e místicos.



Hás aldeias foram criadas câmaras escambinas nas que eram uma espécie de Câmara de Vereadores tendo igual poder de solicitação das câmaras escambianas das idades dos brancos. Foi dado aos nativos o direito de terem capitães sobre eles de seu próprio povo e foram considerados como povo, como gente o que raramente acontecia a níveis oficiais de governos. Visto a popularidade dos Holandeses cresceram muito entre os nativos principalmente entre os Potiguaras, Cariris e outras nações do interior das províncias que os Portugueses nem mesmo sabiam que existiam. Durante muito tempo a religião aconteceu de uma forma livre e não houve perseguição ate que padres e missionários Católicos foram acusados de insurreição contra o domínio Holandês. Por este motivo alguns grupos religiosos foram expulsos como Jesuítas e Franciscanos. Fato este cometido por Portugueses Católicos em várias ocasiões da historia quando havia interferência em seus assuntos políticos, mas como os holandeses eram protestantes estes fatos eram considerados perseguição religiosa.




Os holandeses emprestaram muito dinheiro e trouxeram muitos escravos e nobres para o Brasil. Famílias inteiras se instalavam nas cidades do Nordeste dominado pelos Batavos Judeus de diversas partes do mundo vieram para o Brasil para executarem os seus projetos financeiros. Os Judeus não eram bem vindos sem a devida conversão para o Cristianismo segundo os Cristãos Católicos, da época, mas os Holandeses queriam investimentos no nordeste independente da religião dos investidores. Relatos demonstram que a produção era um verdadeiro fascínio para os ativistas Holandeses. Porém a cultura brasileira da época era mais acumulativa e liberal. As ordenadas holandesas eram severas e as regras existiam em abundância para manter a ordem. Deixando bem claro que o capitalismo mundial surgiu no mesmo período que o protestantismo não podendo separar um do outro. As nações protestantes eram Capitalista em demasia com aspecto positivo na produção excessiva que eles incentivava em seus populares.



A Holanda na época era a principal força Capitalista do mundo e seus contatos e comércio era de uma capacidade incrível. O domínio dos Holandeses passou por várias fases, porém a mais PRÓSPERA E ACEITA FOI A DO CONDE MAURÍCIO DE NASSAU. O Home dele passou a representar todo o Domínio Holandês na História e sendo ele apenas mais um dominador passou a ser o principal e o mais citado deles. Há na história um tom de saudosismo quando a mesma faz referencia de MAURÍCIO DE NASSAÜ. Realmente as suas leis e modo de tratar a todos deixaram saudades e seu nome ainda e forte na Histórica quando é pronunciado. Apesar do centro administrativo das terras dominadas ter sido estabelecido em Recife e Amsterdam na companhia das índias ocidentais Maurício de Nassau passou muitas vezes na região da cidade de Frederika e no forte de Santa Catarina repousou de uma febre em suas estalagens gostou tanto que declarou que não havia melhor lugar no nordeste para desbancar de uma febre. Ainda neste período ele mudou o nome do Porte de Santa Catarina para Forte Margarida em Homenagem a uma de suas irmãs. Foi também do Porte da Margarida (Santa Catarina) que Mauricio de Nassau o dominador admirado dos Holandeses partiu no dia 08, 10 de 1644 com grande comitiva e muitas lembranças da terra que tinha recebido os seus cuidados e dão a ele o seu amor.



Animais escravos, nativos e nobres embarcaram no forte chamado de Margarida sob grande comoção de todos que estavam nas imediações. Representantes de várias categorias estavam para dar adeus a um HOLANDÊS AMADO ATÉ POR QUEM NUNCA APRENDEU A SUA LÍNGUA. Os Potiguaras principal POVO da Paraíba que sempre demonstrou IMENSA SIMPATlA PELOS BATAVOS estavam ali para se despedir do MAIOR ADMINISTRADOS HOLANDÊS NO NORDESTE. A Coroa Luso Espanhola estava desfeita e o poder tinha voltado para os Portugueses através do conde de Bragança e havia negociações para a devolução das terras Brasileiras. As negociações avançavam e paravam mediante de pedido de indenizações por parte dos Holandeses. O poder da Coroa Portuguesa chegou a Ordenar o abandono do Nordeste Brasileiro para os Holandeses logo Após a queima de todos os Canaviais. Mas enquanto havia as negociações os Vassalos que eram os resistentes se fortificavam e queimavam canaviais trazendo prejuízos imensos a administração Holandesa. Há registro de simpatia e paixão de algumas famílias Holandesas pelas terras do nordeste e não havia nestas a intenção de abandona-las principalmente alguns religiosos que desejavam evangelizar os índios, um deles foi morta na fortaleza de Santa Catarina por isto.




O Governador Holandês Paulo Linge fez do convento de São Francisco uma pousada para os oficiais Holandeses e construiu nele várias passagens secretas ate hoje enigmáticas. A rigidez de Linge gerou várias revoltas que eram combatidas a mão de ferro e ao contrário de Nassau, Linge causou ódio nas famílias da Cidade de Frederica e os nobres que lá moravam se recusavam em recebê-lo em suas casas. A Rejeição foi geral, mas ele reagiu. Parecia que Linge veio com muita sede ao pote e queria a primeira vista exterminar as forças dos revoltosos, mas cometeu muitos erros. Ainda contendo o apoio dos Potiguaras. Linge ordenou a invasão das casas de muitos nobres e muitas destas invasões acabaram em massacre. Desde que assumiu o poder Paulo Linge se mostrou precipitado e com certa prepotência regia os seus negócios sem preocupar-se com as pessoas envolvidas neles. Um ato precipitado de Linge foi ter Matado dois homens importantes considerados rebeldes ao sistema Holandês: Gonçalo Cabral e Estevan Fernandes.




Um foi morto na presença de todos da cidade de Frederika e depois amarrado ao rabo de um Cavalo sendo arrastado por toda cidade. O outro quando foram buscar na masmorra para matá-lo já estava morto pelos maus tratos, mas mesmo assim foi amarrado ao rabo de um cavalo e seu corpo arrastado pela cidade de Frederika causando repúdio em todos. O repúdio do povo se transformou em ódio e depois estourou em arrebates. Este fato foi decisivo para a retomada da cidade de Nossa Senhora das Neves em 2 de fevereiro de 1645, a cidade foi retomada e Paulo Linge ficou restrito ao forte de Santa Catarina donde saiu várias vezes para tentar retornar a cidade perdida para os Portugueses mas não conseguiu. Devido a proximidade do forte com a cidade a tenção era constante e não havia paz. Linge teve várias derrotas e os portugueses esquartelados no CONVENTO DE SÃO PRANCISCO. Tornaram-se IMBATÍVEIS. Nobres e senhores da terra revoltados não mais favoreciam os Holandeses e índios amigos deles, mas aos Portugueses e o forte de Santa Catarina passou a ser alvo de investidas repentinas e de modo inesperado, provocavam baixas nos militares Holandeses e comerciantes. O Império Holandês passou a ter incrível dificuldade de se manter, mas algumas famílias ainda mantinham a esperança de permanecerem na terra que aprenderam a amar. Mesmo assim empreendimentos militares saiam do forte de Santa Catarina em direção as fazendas interioranas próximas ao Recife para combaterem os revoltosos e socorrerem aliados ameaçados. O governo na época era composto de uma presidente e três diretores; Paulo Linge era um deles que demonstrou certo despreparo nos seus domínios. A situação piorava a cada dia e os senhores de engenho e terras ofereceram ao Governo Holandês a quantia de 15 mil florins para a retirada das suas forças da Região Paraíba. Tal proposta agradou muito a Paulo Linge, porém aos reverendos interessados em evangelizar os nativos não agradou e o impasse foi inevitável.




A multidão dos Vassalos no grande Recife crescia muito em força bélica e em números de adeptos, organizando grandes combates de forma repentina sobre o que eles chamavam: de invasores. Muitos jovens eram ceifados pelos combates deixando o seu sangue e suas bravas almas nos campos e nas matas. Na Paraíba, a cidade de Nossa Senhora das Neves com seus conventos fortes era uma ameaça constante para os Holandeses restrito ao forte de Santa Catarina e ao litoral norte com os Potiguaras aliados a eles. O Forte de Santa Catarina era o ambiente perfeito para a preparação de manobras secretas e chegada de tropas para fortificar os combates em Recife. Era também o porto preferencial para a partida de nobres que voltavam as suas terras de origem fugindo dos combates que aumentavam em números cada vez mais. Como relata o resumo geral anterior, os Vassalos, rebeldes ao domínio Holandês, apoiados por índios tabajaras, negros e mestiços estavam vencendo o exercito Holandês mesmo sem possuírem armas deles a ligação hereditária que muito fizeram geraram aliados inúmeros. Enquanto a guerra ardia em Recife as tropas holandesas faziam patrulhas e pequenos combates na região da Paraíba.



Foram quase dez anos de guerra de 1645 a 1654 que envolveram milhares de nativos brancos e negros. Nestas guerras enquanto um branco morria dezenas de índios e negros caiam feridos de morte ao solo. Nisto além das epidemias e doenças dos brancos os índios pouco a pouco eram dizimados entre eles mesmos em nome de suas simpatias e acordos com grupos brancos. Em 26 de Janeiro de 1654 houve a assinatura da rendição Holandesa e a retirada das forças na Paraíba se deu de uma forma um tanto curiosa. Para a conquista desta terra foram necessários três potentíssimos ataques, mas a retirada se deu totalmente diferente. Feridos dos combates em Recife chegaram ao Porte de Santa Catarina e assustaram a todos que bateram em retirada do dia para a noite deixando famílias Holandesas e tropas que estavam no campo.





A retirada foi muito rápida e tropas que faziam visitas ao interior da província se assustaram ao chegar no forte e encontrar outra bandeira com nativos e portugueses a dominarem. Pequenos combates movidos por iniciativa própria foram realizados e muitas famílias holandesas se refugiaram entre os nativos do interior da província que eram pelos Holandeses bastante conhecidos e amigos. O medo da morte levaram famílias Holandesas se refugiarem no interior principalmente os Holandeses mais pobres, menos favorecidos pelo sistema Batavo e nos sertões criaram suas famílias até mais adiante fazerem aliança com os portugueses, outros ricos e poderosos fizeram aliança com os dominadores lusitanos e permaneceram na terra de seus sonhos.







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JOILSONDEASSIS

ESCRITORJOILSONDEASSIS
HISTÓRIA DO BRASIL HOLANDES
INVASÃO HOLANDESA HISTÓRIA
POR QUE OS HOLANDESES INVADIRAM O BRASIL ?

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